terça-feira, 7 de junho de 2016

ENCICLOPÉDIAS ALEGRES (6)- IMPOSTOS


À primeira vista, poderia parecer, pela designação desta contribuição ou imposto, que havia de incidir sobre todos os pedidos, peitas e cunhas para tudo o que é possível debaixo da rosa dos ventos, naturalmente – se tomássemos o exemplo dos tempos que ora decorrem – com uma receita capaz de encher os cofres do Estado até deitar fora, tais e tal número de contribuintes, se fossem identificados.
Acontece que o Pedido era um imposto extraordinário que se lançava em cortes para acudir ao Erário (sem troicas, efe-eme-is ou bê-cê-és) quando as receitas públicas ou o tesouro acumulado se mostravam insuficientes.
É bom lembrar que à receita não acresciam as coimas e multas por excesso de velocidade, falta de cinto de segurança, não exposição do selo do seguro e o diabo a quatro rodas, alcavalas que estão a tomar a forma de cabeça de cartaz das penalidades.
Apareceu no princípio do séc. XIV, reformulando as primeiras derramas ou o Monetágio. A quantia a pagar era estabelecida de acordo com os bens dos contribuintes.
Este imposto caiu em desuso, uma vez que os governos, tanto da Monarquia como da República, deixaram de “pedir”, limitando-se a criar outros impostos, taxas e alcavalas ou a aumentar as percentagens dos já existentes.
Isto quer dizer que o imposto passou a ter outra filosofia literal: em vez de pedir, exige-se.

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